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segunda-feira, 17 de julho de 2017

A Cor Púrpura, de Alice Walker


Atora: Alice Walker
Titulo Original: The Color Purple
Editora: José Olympio
Ano: 2016
Paginas: 336
Sinopse: A cor púrpura retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra no sul dos Estados Unidos da primeira metade do século XX. Pobre e praticamente analfabeta, Celie foi abusada, física e psicologicamente, desde a infância pelo padrasto e depois pelo marido. Um universo delicado, no entanto, é construído a partir das cartas que Celie escreve e das experiências de amizade e amor, sobretudo com a inesquecível Shug Avery. 
Celie é uma garota negra de apenas quatorze anos de idade, que sofre incontáveis abusos de seu próprio pai, engravida dele, é proibida de frequentar a escola e é afastada do convívio com sua irmã e filhos, além de ser vendida para um homem que a maltrata das piores maneiras possíveis.

Como não tem companhia alguma ao longo de sua vida, ela decide escrever cartas para Deus, e é através dessas cartas que passamos a acompanhar 40 anos de sua vida.

Sua realidade começa a mudar quando ela conhece Shug Avery, uma mulher negra que foi a grande paixão da vida de seu marido, uma mulher muito talentosa e independente, e ao poucos essa amizade vai fazer com que Celie enxergue a vida sob outras perspectivas, de uma maneira muito mais leve e feliz.

A Cor Púrpura da autora Alice Walker é um retrato ao mesmo tempo cru e poético da sociedade machista e preconceituosa do começo do século 20. É um livro triste, forte, que mostra sem rodeios, o quão machista e cruel é o ser humano, desde sempre.

A obra é narrada em formato epistolar, ou seja, através de cartas, de maneira extremamente simples e numa linguagem coloquial, com erros de ortografia e pontuação, como que para lembrar ao leitor que estamos lendo tudo sob o ponto de vista de uma mulher semi-analfabeta, e isso faz toda a diferença, pois nos deixa ainda mais próximos à ela.

Essa leitura me tocou profundamente, muitas vezes me vi emocionada, revoltada e triste durante toda ela; torci muito para que a Celie pudesse de algum jeito se livrar de suas amarras, e fiquei bastante satisfeita e feliz com seu desfecho.

Apesar do tema pesado, a autora soube muito bem como conduzir a obra por um caminho que fez com que ela não ficasse em momento algum enfadonha, pelo contrário, a história é super instigante, não tem como largá-la por muito tempo, eu mesma fiquei extremamente curiosa para saber o que iria acontecer com os personagens ao longo de cada página virada.

E por falar em personagens, são todos muito bem construídos e verossímeis, nenhum deles é totalmente bom ou mal, e esse foi mais um ponto positivo na minha experiência de leitura.

Fiquei totalmente apegada a todos eles, principalmente a Celie e a Shug, a relação das duas era linda e verdadeira, torci muito por ela todo o tempo.

Essa obra foi escrita no ano de o 1982, e ganhou o prêmio Pulitzer, e teve uma adaptação cinematográfica, que contou com Woopi Goldberg no papel principal e foi dirigido por Steven Spelbierg em 1985, e teve várias indicações ao Oscar.

Enfim, indico fortemente essa leitura, pois ela é essencial por trazer muitas reflexões acerca de temas muito importantes e atuais.

Espero que tenham gostado da dica de hoje. Beijos e até o próximo post!

2 comentários:

  1. OLá... tudo bem???
    Nossa que resenha ein... eu assisti o filme já faz um tempinho, mas jamais tinha imaginado que seria de base de livro... eu lembro que eu havia ficado super chocada com os acontecimentos e lendo o livro deve ser bem mais a flor da pele... ótima resenha. Xero!

    https://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/

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    1. Oi Diana!

      Ainda não assisti ao filme, mas quero muito. Essa história é muito pesada, maravilhosa! Fico muito feliz que tenha gostado da resenha, obrigada! Beijos

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